Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou o caminho, a verdade e a
vida, ninguém chega ao Pai senão por mim (Jo 14,6).
Proclamação do Evangelho de
Jesus Cristo segundo Lucas.
13 22 Sempre em caminho para Jerusalém, Jesus ia atravessando cidades e
aldeias e nelas ensinava.
23 Alguém lhe perguntou: “Senhor, são poucos os homens que se salvam?”
Ele respondeu:
24 “Procurai entrar pela porta estreita; porque, digo-vos, muitos
procurarão entrar e não o conseguirão.
25 Quando o pai de família tiver entrado e fechado a porta, e vós, de
fora, começardes a bater à porta, dizendo: ‘Senhor, Senhor, abre-nos’, ele
responderá: ‘Digo-vos que não sei de onde sois’.
26 Direis então: ‘Comemos e bebemos contigo e tu ensinaste em nossas
praças’.
27 Ele, porém, vos dirá: ‘Não sei de onde sois; apartai-vos de mim
todos vós que sois malfeitores’.
28 Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac,
Jacó e todos os profetas no Reino de Deus, e vós serdes lançados para fora.
29 Virão do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e sentar-se-ão à
mesa no Reino de Deus.
30 Há últimos que serão os primeiros, e há primeiros que serão os
últimos”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
A PORTA ESTREITA DO REINO
A resposta de Jesus à pergunta do desconhecido
revelou ser irrelevante a preocupação com o número das pessoas que irão se
salvar. Importante mesmo é decidir-se a trilhar os caminhos do Reino, apesar de
suas exigências. É o que Jesus chama de "entrar pela porta estreita".
Como isto, afirma-se que a salvação é obtida mediante a renúncia das
comodidades e conveniências, para abraçar a causa do Reino, sem querer fazer-lhe
adaptações. Trata-se de cumprir a vontade de Deus, submetendo-se fielmente a
ela.
Muitos ficarão decepcionados, por ocasião do
encontro com o Senhor. Seguros de terem direito à salvação, ver-se-ão fadados à
condenação. Como é possível alguém se condenar, se "comeu e bebeu na
presença do Senhor" (referência à participação na Eucaristia), e o ouviu
pregar em suas praças (alusão ao discipulado cristão)?
Tudo isto não basta para se obter a salvação,
se não chega a provocar uma sincera conversão. Pensando ser verdadeiros
discípulos, muitos cristãos, na verdade, praticam a iniquidade. Seu modo de
proceder não corresponde ao de um autêntico discípulo do Reino. Donde a
frustração de se verem condenados a viver longe do Senhor.